ATA DA
CENTÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA
LEGISLATURA, EM 04-11-2009.
Aos quatro dias do mês de novembro
do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a
chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, João Pancinha, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Toni
Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Beto
Moesch, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Juliana Brizola,
Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nilo Santos,
Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein
e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução
nº 045/09 (Processo nº 5269/09); pelo vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 175/09 (Processo nº 3728/09); pelo vereador Dr. Thiago Duarte, o Projeto
de Lei do Legislativo nº 229/09 (Processo nº 5067/09); pela vereadora Juliana Brizola, o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/09 (Processo nº 4116/09) e o Projeto de
Resolução nº 032/09 (Processo nº 4114/09). Também, foram apregoados os seguintes
Ofícios, do senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: nº 836/09, encaminhando o Projeto
de Lei do Executivo nº 038/09 (Processo nº 5247/09); e nº 838/09, encaminhando Veto
Total ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/08 (Processo nº 4981/08). Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 260/09, do senhor Valdemir Colla,
Superintendente Regional da Superintendência Regional de Porto Alegre/RS da Caixa
Econômica Federal CEF ; e 642206, 652841, 654353, 656128, 656563 e
659262/09, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram
de ser votadas as Atas Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda e Nonagésima Terceira
Sessões Ordinárias e da Décima Quarta Sessão Extraordinária. Na oportunidade, em face de
questionamentos formulados pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca dos Ofícios constantes no Expediente da presente Sessão. Também,
o vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando cópia do Ofício nº 260/09, encaminhado a este Legislativo pelo senhor
Valdemir Colla. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se as vereadoras Sofia Cavedon e
Fernanda Melchionna. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Executivo nº 007/09. Na ocasião, em face de Questões de Ordem
formuladas pelos vereadores Reginaldo Pujol e Pedro Ruas, o senhor Presidente prestou
esclarecimentos acerca do processo de discussão do Projeto de Lei do Executivo nº 007/09
e informou que esse Projeto teria postergada a sua apreciação. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 094/09, por vinte e
seis votos SIM, após ser discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado os
vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch,
Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo,
Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro
Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter
Nagelstein. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 162/09, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini,
DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 162/09, o vereador Sebastião Melo
afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Ainda, o
vereador Waldir Canal registrou sua intenção de votar favoravelmente ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 162/09. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 111/09, por vinte
e três votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo
votado os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol,
Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Após, foi apregoada a Emenda nº 02, de
autoria do vereador Valter Nagelstein, Líder do Governo, ao Projeto de Lei do Executivo
nº 007/09 (Processo nº 1179/09).
Também, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Valter Nagelstein, solicitando
que a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 007/09, fosse dispensada do
envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em prosseguimento, o Senhor Presidente
prestou esclarecimentos acerca da tramitação do Projeto de Lei do Executivo nº 007/09,
tendo-se manifestado a respeito o vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e
Votação, foram apreciados o Projeto de Lei do Executivo nº 007/09 e as Emendas nos
01 e 02 apostas, tendo sido encaminhados à votação pelos vereadores Reginaldo Pujol,
Pedro Ruas, Nelcir Tessaro, Sofia Cavedon e João Antonio Dib. Foi rejeitada a Emenda nº
01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 007/09, por seis votos SIM e quatorze votos
NÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os
vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro,
Pedro Ruas e Sofia Cavedon e Não os vereadores Beto Moesch, Dr. Raul, Elias Vidal, João
Antonio Dib, João Pancinha, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Ruben Berta, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter
Nagelstein. Foi rejeitada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº
007/09, por dezessete votos SIM, um voto NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni,
Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Elias Vidal, João Pancinha, Marcello Chiodo,
Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein,
votado Não o vereador João Antonio Dib e optado pela Abstenção a vereadora Fernanda
Melchionna e o vereador Pedro Ruas. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 007/09,
por dezenove votos SIM e três votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador
Sebastião Melo, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni,
Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Pancinha, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Ruben Berta, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter
Nagelstein e Não os vereadores Fernanda Melchionna, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Na ocasião, foram apregoados os seguintes Memorandos,
deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente
este Legislativo: nº 107/09, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, no dia de
hoje, em reunião no Ministério Público do Estado, para tratar de questões atinentes ao
Hospital da Restinga, às quatorze horas, em Porto Alegre; e nº 028/09, de autoria do
vereador Elias Vidal, no dia vinte e seis de outubro do corrente, em reunião com a
direção do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre. Ainda, foi apregoado o Memorando
nº 140/09, firmado pelo vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do
vereador Ervino Besson, no dia de hoje, na Abertura Oficial da Colheita da 25ª Festa
Municipal do Pêssego e da 18ª Festa Estadual do Pêssego, às quinze horas, em Porto
Alegre. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 083/09, após ser encaminhado à
votação pelos vereadores João Antonio Dib, Sofia Cavedon, DJ Cassiá, Aldacir José
Oliboni, Valter Nagelstein, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol. Em Votação, foi votado o
Requerimento nº 134/09, o qual obteve nove votos SIM, quatro votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelo vereador Reginaldo Pujol e pelas
vereadoras Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo
vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Fernanda Melchionna, Pedro
Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Haroldo de Souza, Mario Manfro, Reginaldo
Pujol e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o vereador João Antonio Dib,
votação esta declarada nula pelo senhor Presidente, em face da inexistência de quórum
deliberativo. A seguir, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador João Antonio Dib. Após, foi
apregoado o Memorando nº 083/09 (Processo nº 3859/09), de autoria do vereador Mauro
Zacher, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo, do dia três ao dia sete de novembro do corrente, no
I Congreso Mundial de Justicia Juvenil Restaurativa, na cidade de Lima, Peru. Em
continuidade, foi apregoado o Projeto de Resolução nº 045/09 (Processo nº 5269/09), de
autoria da Mesa Diretora. Às dezesseis horas e vinte e três minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e vinte e oito minutos,
constatada a existência de quórum. Em continuidade, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Sebastião Melo,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos
006 e 007/09, os Projetos de Lei do Legislativo nos 203, 207 e 218/09, o
Projeto de Resolução nº 042/09; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 015/09, os Projeto de Lei do Legislativo nos 092, 197 e 219/09,
os Projetos de Resolução nos 036, 038 e 039/09. Às dezesseis horas e vinte e
nove minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a
ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Sebastião Melo e
Toni Proença e secretariados pelo vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada,
será assinada por mim e pelo senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para um Requerimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, lendo os
Ofícios encaminhados à Casa constantes no Expediente, eu observo o Ofício nº 260/09,
do Sr. Valdemir Colla, Superintendente Regional da Superintendência Regional de Porto
Alegre/RS da Caixa Econômica Federal, comunicando o cancelamento de contratos de repasse.
E aí, Sr. Presidente, com a sua atenção, eu assinalo que há um ponto e vírgula após
essa frase; logo em seguida, acho que muda de assunto e fala da informação do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, comunicando a liberação de recursos
financeiros no Município de Porto Alegre. Parece que é flagrante que se trata de duas
situações; não pode ser o mesmo Fundo. Se for o mesmo Ofício, há uma inconclusão,
porque não temos aqui quais são os contratos de repasse que são cancelados. Mais do que
isto, gostaríamos de saber, na medida em que estes cancelamentos de contratos sejam
confirmados, quais foram, por que foram e em quanto importam estes contratos cancelados.
V. Exª estava despertado para outras obrigações, não nos ouviu, mas estou enfatizando
que nos parece haver uma incongruência nas informações, porque uma fala em liberação
de recursos, e outra fala em cancelamento de repasse. Parece-me que o cancelamento de
repasse é independente da liberação de recursos do Fundo Nacional de Saúde. Eu
gostaria, confirmada essa informação, de saber quais os repasses que foram cancelados, a
que se referem, e quanto os mesmos envolvem em termos financeiros.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Ver. Reginaldo
Pujol, posso lhe informar, eu estava atento à sua manifestação. O primeiro Ofício,
assinado pelo Sr. Valdemir Colla, Superintendente Regional da Superintendência Regional
de Porto Alegre/RS, trata do cancelamento de contratos de repasse da Caixa, informando o
cancelamento do Contrato nº 261427-56, de 2008 - está aqui o Ofício, se V. Exª quiser
lê-lo.
O segundo
assunto é referente à liberação de vários recursos, é um Ofício só que trata do
pagamento de vários
contratos; estão todos aqui.
O SR. REGINALDO PUJOL: Eu peço que
V. Exª disponibilize uma cópia deste Ofício.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Eu
vou providenciar. Muito obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.
Ainda não temos quórum para entrarmos na
Ordem do Dia.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero tratar da nossa análise
da Execução, das previsões de Execuções Orçamentárias versus tomada de decisões do
Orçamento Participativo.
Nós já vínhamos anunciando, a nossa
Bancada já detectou que o Governo Fogaça superestima os Orçamentos e executa, já nos
últimos anos, apenas em torno de 38% do previsto em investimentos. Para comprovar isso,
em 2009, agora este ano, eram previstos na Lei de Orçamento, votada nesta Casa no ano
passado, 387 milhões de reais em Investimentos, e, até 4 de novembro, a Execução que
nós temos é de apenas 26% do previsto no Investimento; apenas 101 milhões executados em
novembro, ou seja, por mais que o Governo se esforce, acelere, não chegará à sua média
anual de 38%. Este é um elemento importante, porque se mascaram os números nesta Cidade.
O tal equilíbrio fiscal é, sim, feito à
base da compressão dos investimentos na Cidade, uma Cidade que precisa ajudar o Brasil a
enfrentar a crise, e não tem, do seu Governo, a Execução Orçamentária correspondente.
Se formos olhar o prejuízo disso em cada uma das áreas onde a execução é zero, nós
vamos ver por que não tem quase nada em Cultura na cidade de Porto Alegre, por que o
atendimento às questões da mulher está abandonado, por que, na Saúde, as filas e as
esperas para cirurgias e para consultas especializadas são de tempo maior que dois anos.
Vejam, para 2010, o Orçamento que
discutiremos daqui a pouco, o Plano de Investimentos, não reconhecendo a pífia
execução, amplia para 543 milhões de reais o investimento previsto para o ano que vem,
e o Plano de Investimentos, o PI, 28% da sua aplicação ou do OP é para aplicação - na
verdade, apenas 5% para discussão no OP. Falando no OP, fizemos um levantamento
histórico, porque muito se disse nesta tribuna que o Governo Fogaça cumpriu Programas de
Investimentos deixados atrasados pelo Governo do PT. Não é o que os números nos dizem:
de 1993 a 1996, nós tivemos 1.434 demandas anotadas, conquistadas nos cadernos do
Orçamento Participativo; e foram atendidas 1.404, 98% das demandas naquele primeiro
período. Se olharmos o período de 1999 a 2002, temos 1.508 demandas conquistadas pela
população no Orçamento Participativo, e, naquele período, foram concluídas 1.287
demandas, uma média de 321 demandas/ano nos dois períodos, trezentas e tantas demandas,
85% das demandas atendidas.
Agora, se pegamos o período do Prefeito
Fogaça, 2005 a 2008, vejam a brutal redução: apenas 917 demandas foram inscritas no
caderninho; já começou ali a brutal redução de possibilidades de a Cidade inscrever
serviços e obras para a melhoria da sua condição de vida. De 1.400 e 1.500 nos outros
períodos, baixou para 917, 60% do que antes eram demandadas.
Aí vamos ver as obras concluídas no
período do primeiro Governo Fogaça: 348 demandas, ou seja, enquanto os Governos da
Frente Popular vinham atendendo 98% no primeiro período, 85% no segundo período; o
Governo Fogaça atendeu apenas metade das suas demandas, 52%, ou seja, já reduziu para a
metade, tanto que nas obras só pode pôr uma rua por ano em cada Região - uma rua! -, e
aí já reduziu a possibilidade de demandas, e cumpre metade disso na sua Execução
Orçamentária. Ou seja, o que temos de fato é o
tal do equilíbrio sendo uma máscara mesmo, um mascaramento das finanças públicas. Mas
o principal prejuízo quem está assumindo, quem está recebendo, é o cidadão da cidade
de Porto Alegre, que perdeu qualidade de vida, de serviços, de investimentos na Cidade a
partir do Governo Fogaça. E, neste ano, o que nós estamos vendo, é que a Execução
Orçamentária também é pífia: 26% do previsto! E o Governo manda para cá um
Orçamento aumentando de 387 para 500 milhões de reais os valores de investimentos.
Sabemos que isso não é real, que é falso, que é fictício, que são números para
demonstrar, sabe-se lá, para o Banco Mundial, sabe-se lá, para a Cidade achar que está
saneada, mas, na verdade, a Cidade tem ausência de Governo, ausência de serviço,
ausência de investimento, e pioram as condições de vida.
Essa é a
face do Governo Fogaça! Essa é a mudança que foi produzida no Governo Fogaça.
E agora que
vem de novo o Fórum Social Mundial para cá, para marcar os 20 anos de Fórum Social
Mundial, o que o Fórum Social Mundial vai constatar em Porto Alegre? Um esvaziamento do
Orçamento Participativo, uma ferramenta fundamental para a ampliação da democracia
esvaziada por esses e outros mecanismos que não tenho tempo de declinar, mas com uma
profunda diminuição de investimento e da possibilidade de o cidadão conquistar
dignidade e qualidade de vida por meio da participação popular. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, dois assuntos
nos trazem a esta tribuna para falar em Tempo de Liderança do nosso Partido, meu Líder,
Ver. Pedro Ruas: primeiro, a exposição que estamos vendo, aqui na Câmara Municipal, dos
trabalhos dos alunos das Escolas Especiais de Porto Alegre -, da Escola Bilíngue Salomão
Watnick; da Escola Luciana Borges; da Escola Lígia Morrone, das escolas que atendem os
nossos estudantes com o apoio do Memorial, do Jorge Barcelos e da Cláudia, com o apoio da
Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura. As escolas que fizeram essa linda exposição
e que atendem àqueles que têm limitação especial, que têm alguma necessidade, têm
uma rede de professores, que contam com o apoio dos pais e da comunidade para transformar
essas limitações, essas necessidades, em capacidade de aprendizagem, em desenvolvimento
das funções cognitivas nas Escolas de Educação Especial da rede municipal de Porto
Alegre.
Essa exposição mostra o excelente
trabalho dessas professoras e a excelente aprendizagem dos estudantes que ontem lotaram o
Plenário Ana Terra, mostrando a experiência de cada escola. Isso mostra para o
Ministério da Educação, que tenta acabar com as Escolas Especiais, dizendo que os
alunos especiais têm que estar na escola regular, apesar das dificuldades que tem a
escola regular hoje de abarcar esse público, como a dificuldade de acessibilidade.
Quantas escolas têm rampa de acesso? Quantas escolas têm impressora em Braile para que
os cegos possam ler, também, com o tato? Quantas escolas têm os softwares de voz
que permitem aos estudantes com necessidades especiais também aprender?
Infelizmente, nós estamos nessa batalha,
Ver. Pedro Ruas, que parece uma batalha pequena, mas está em curso neste momento, que é
o limite, que é a possibilidade do fechamento das Escolas de Educação Especial! É
importante a luta que os professores, que a Comissão de Educação, com os Vereadores
desta Casa, está fazendo para defender a Escola de Educação Especial, defendendo a
importância, defendendo a trajetória, o trabalho, e, sobretudo, a necessidade de que
sigam as Políticas Públicas de inclusão social através dessas escolas maravilhosas de
Porto Alegre que não têm que ser fechadas, ao contrário, têm que ser ampliadas!
Fala-se do Plano Municipal de Acessibilidade, e é bom um Plano Municipal de
Acessibilidade. Mas, no ano passado, vocês sabem quanto foi gasto pela Secretaria de
Acessibilidade para que Porto Alegre se transforme numa cidade acessível para os
portadores de limitações? Zero real, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras! Foi
gasto zero real para permitir que os porto-alegrenses que têm alguma dificuldade
locomotiva, auditiva, sonora possam ser incluídos socialmente na nossa Cidade. É
impossível! E isso nos remonta ao Orçamento; nós vemos um Orçamento que estima
milhões e milhões de reais, e que, na prática, ano após ano, é cortado, Ver. Pedro
Ruas! A Secretaria Municipal de Saúde - vejo o Arlindo, do Grupo Hospitalar Conceição,
aqui nesta plateia, que convive diariamente com as batalhas da Saúde Pública -, que teve
29 milhões de reais orçados este ano, não executou nem três milhões de reais! Ou
seja, menos de 10% daquilo que a Prefeitura orçou, enquanto os postos de saúde da
Capital estão às favas.
Os Vereadores e as Vereadoras que
percorrem os bairros desta Cidade sabem das necessidades da população, da falta de
medicamentos, da falta de profissionais, e, ao mesmo tempo, a Prefeitura não executa e
ainda superestima os valores para o Orçamento de 2010! Quando nós vamos ver os gastos
para o ano de 2010 é a repetição, Ver. Mauro Pinheiro, de cinco ou seis metas do
Governo que já estavam previstas em 2009 e que não foram executadas, porque estão no
Orçamento para bonito, para dizer que a Prefeitura tem compromisso com a revitalização
da orla, o que estava previsto no ano passado e que não foi executado! Não saiu do plano
da ficção; como um trailer de um filme, para dizer à população que está
preocupada com a revitalização da orla. E, no ano de 2009, não foi gasto nada para a
revitalização da orla, ao contrário, se procurou privatizar a orla do Guaíba com os
grandes empreendedores, para dizer que tem política para o lazer e para o esporte dos
porto-alegrenses, como foi o caso do Pontal do Estaleiro, bravamente derrotado pela
população de Porto Alegre.
Este é o debate que nós temos que fazer,
quando debatemos o Orçamento de 2010. Deixo para uma próxima intervenção, Ver.
Sebastião Melo, porque acabou o meu tempo, mas certamente esta Casa tem que cumprir,
independente de oposição ou de situação, o papel de fiscalização. Não dá para
receber um papel que aceita qualquer coisa, com várias metas lindas, que, depois, no
final do Governo, não saem do papel, e as outras despesas correntes, aquelas
da terceirização, da precarização e as verbas de publicidade se multiplicam no final
do exercício da Peça do Orçamento, e os cortes nas áreas sociais, educacionais, de
saúde, são recorrentes, enquanto a população, que depende dos serviços públicos,
fica à mercê de uma Prefeitura que prefere sinalizar para os grandes organismos de
crédito internacionais em vez de sinalizar para as demandas populares do povo de Porto
Alegre. Muito obrigada.
(Não revisado
pela oradora.)
Havendo quórum, passamos à
ORDEM
DO DIA
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 007/09. (Pausa.)
Já discutiram esta matéria os Vereadores Engenheiro Comassetto, Reginaldo Pujol, Valter
Nagelstein, Adeli Sell, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste; Pedro Ruas, por
cedência de tempo da Verª Fernanda Melchionna; Beto Moesch e Aldacir José Oliboni, que
cedeu seu tempo ao Ver. Engenheiro Comassetto. (Pausa.)
O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, eu
quero me esclarecer com V. Exª, pois esta matéria foi retirada de discussão, foi
emendada e acredito que isso abra uma nova discussão. Aliás, eu desconheço o teor da
Emenda e pediria a V. Exª que lesse a Emenda que foi apresentada, pois não foi
distribuído o seu teor.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito
à Diretoria Legislativa que forneça o Processo ora em discussão, para que eu possa dar
ciência do teor da Emenda ao Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, por enquanto, só temos listada uma Emenda. Não sei se está entrando outra
Emenda ou se vai entrar. Então, se está entrando outra Emenda, nós não podemos
enfrentar esta matéria agora. Portanto, se houver acordo, colocamos este Projeto em
votação daqui a pouco, tendo em vista a Emenda ainda não ter entrado.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2165/09 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/09, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre ao senhor Fernando Chagas Carvalho Neto.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Valter
Nagelstein: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do
Projeto;
- da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da
LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
discussão o PLL nº 094/09. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 094/09.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, quero discutir a matéria, porque acho temerário que se coloque em votação,
agora, com 25 Vereadores presentes - quando V. Exª abriu a discussão nós tínhamos 24
Vereadores presentes -, para uma matéria em que se pretende uma homenagem que, para se
realizar, precisa de 24 votos favoráveis. É evidente que a nossa pressa em fazer a Ordem
do Dia para termos um resultado concreto não pode, Ver. Haroldo de Souza, de modo algum,
pôr em risco uma homenagem, que, acredito, será celebrada pela unanimidade, e agora, com
mais certeza, na medida em que, neste momento, temos 25 Vereadores que registraram suas
presenças, o que não quer dizer, necessariamente, que todos estejam aqui, agora. Então,
obviamente, estando de acordo, teriam que colocar o seu dedo lá no detonador da presença
para confirmar esse voto.
Eu conheci esse Projeto na Comissão de
Constituição e Justiça; conheci no período da Discussão Preliminar de Pauta; conheci
no Parecer do Ver. Valter Nagelstein. Trata-se de uma pessoa obviamente merecedora da
homenagem que a Cidade irá, pela Câmara, prestar, e eu não queria, de modo nenhum, pôr
em risco essa situação. Eu vivi, alguns anos atrás, a desagradável situação, por
questões regimentais, de não ter confirmado uma proposta nossa, e o Ver. Dib, que era
Vereador na ocasião, sabe a que estou me referindo. Por isso, não gostaria que isso se
repetisse.
Agora, eu já fico um tanto mais aliviado,
à medida que eu vejo 26 Srs. Vereadores presentes, segundo o nosso painel. Como nós, com
24 votos, confirmaremos a proposta do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título de
Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. Fernando Chagas Carvalho Neto, com o qual nós
temos a mais absoluta concordância, nós poupamos os senhores de um pronunciamento mais
alongado, e deixamos a tribuna na expectativa de que a votação se realize e que se
confirme o Projeto e a proposta do Ver. Haroldo de Souza. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não
há mais quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 094/09. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
Convido o Ver. Toni Proença,
Vice-Presidente da Casa, para assumir a presidência dos trabalhos, tendo em vista que o
próximo Projeto é de minha autoria.
(O Ver. Toni Proença reassume a
presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3620/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 162/09, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Senhor Jorge Wladimir Junqueira Bizzi.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Mauro
Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da
LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença):
Em discussão o PLL nº 162/09 (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal o PLL nº 162/09. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente,
como não consegui registrar o meu voto, afirmo que voto favoravelmente. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença):
Está registrado, Vereador.
Passo a presidência dos trabalhos ao Ver.
Sebastião Melo.
(O Ver. Sebastião Melo reassume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Presidência fica no aguardo da Emenda nº 02 ao
PLE nº 007/09, para depois submetê-la à votação.
Mais uma vez, digo aos Srs. Vereadores que
se há alguma matéria que V. Exas queiram incluir na Ordem do Dia e que não
provoque grandes discussões, por favor solicitem ao Diretor Legislativo a sua inclusão.
Vamos aproveitar o dia de hoje, porque, a partir da próxima semana, estaremos totalmente
dedicados ao Plano Diretor.
REQUERIMENTO
- VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº
111/09 (Proc. Nº 3500/09 Ver. Mauro Pinheiro) - requer
seja constituída a Frente Parlamentar pela defesa da Micro, Pequena e Média Empresa.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo
Pujol, o Requerimento nº 111/09, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO o Requerimento por 23 votos SIM.
Apregoo
a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, ao PLE nº 007/09 (Lê.):
Acrescenta o art. 4º com os § 1º e § 2º ao Processo nº 1.179/09, renumerando
os demais: Art. 4º: Antes de publicado o edital de abertura do processo
licitatório, será notificada a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a fim de que se
manifeste por escrito, no prazo de 15 dias, seu interesse na aquisição do imóvel, para
ser destinado ao Programa de Habitação de Interesse Social. § 1º: Manifestando a
Prefeitura Municipal de Porto Alegre interesse na aquisição do imóvel, efetuará o
pagamento à vista e previamente à assinatura da escritura da compra e venda. § 2º: As
despesas decorrentes da escritura e do registro desta, junto ao Registro de Imóveis,
ficam a cargo da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Sala das Sessões, 04 de novembro
de 2009.
Requerimento,
de autoria do Ver. Valter Nagelstein, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 02, ao
PLE nº 007/09, à apreciação das Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Quanto ao questionamento feito por V.
Exª, eu entendo, Ver. Reginaldo Pujol, que não se trata de matéria nova; trata-se de
uma Emenda - ainda na Ordem do Dia -, porque ainda é possível utilizar o Tempo de
Liderança. Portanto, os Vereadores que já enfrentaram a matéria não poderão mais
discuti-la. Se V. Exª não usou o 2º tempo, eu cedo meu tempo a V. Exª. Inscrevo-me e
cedo meu tempo a Vossa Excelência.
Abro mão da
sua gentileza, pela qual sou muito grato e reconhecido, mas, mais do que a gentileza de um
presidente amigo, competente e leal companheiro, eu quero uma regra clara. E na busca da
regra clara, eu aguardo a definição de Vossa Excelência.
Veja bem, nós
já tivemos vários momentos, mas o Regimento é assim. Nós podemos fazer mudança, e
até entendo se é uma Emenda, claro que vai produzir mudança, pois há matéria nova.
Agora, nós temos que fazer uma mudança regimental. Hoje não é permitido, porque, na
verdade, a matéria não foi retirada da Ordem do Dia; ela simplesmente foi adiada.
Então, se há um processo em andamento, os Vereadores que discutiram a matéria
consideram-na discutida. Correto? E não foi retirado da Ordem do Dia.
Eu me
sensibilizo e acho que é uma boa tese, agora...
O SR. REGINALDO PUJOL: Agradeço a
V. Exª, e me conformo com a sua decisão, ainda que irresignadamente, em respeito a V.
Exª, que é um Presidente digno, competente, e que merece todo o meu respeito.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1179/09 PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 007/09, que autoriza a
alienação de imóvel situado na Rua Boa Vista, sem número, Bairro Belém Novo, em Porto
Alegre, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo
Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Nelcir Tessaro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
-
adiada a discussão por três Sessões;
-
discutiram a matéria os Vereadores Eng. Comassetto, R. Pujol, V. Nagelstein, A. Sell, M.
Celeste (cedeu p/ A. Sell), P. Ruas, F. Melchionna (cedeu p/ P. Ruas), B. Moesch, A. J.
Oliboni (cedeu p/ Eng. Comassetto).
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
discussão o PLE nº 007/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE
nº 007/09. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a
votação do PLE nº 007/09.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, há poucos dias esta matéria estava em condições de ser
votada. A Liderança do Governo solicitou que ela fosse adiada, para que fosse - a meu
juízo - confirmada a qualidade das posições que haviam sido colocadas anteriormente,
especialmente o Relatório que eu havia feito na Comissão de Constituição e Justiça,
dizendo da legalidade do Projeto. Agora, Ver. Dib, volta a matéria com uma Emenda, que
não tem nada a ver, uma Emenda que coloca só o óbvio, dizendo que, antes de abrir o
Edital, numa medida meramente administrativa, o DMAE vai consultar o Município para saber
se ele tem interesse de adquirir a área e de transferi-la para o DEMHAB para a
habitação popular.
Isso não precisa de lei; é absolutamente
da competência do Prefeito Municipal, se assim quiser proceder. Não devia nem ter
deixado vir, então, o Projeto para a Câmara. Se há a possibilidade - se ela não foi
esgotada, Ver. Toni Proença - de que pode ao Município interessar transferir essa área
para o DEMHAB incluir na habitação popular, se ao longo de todo o período de estudo
isso não foi visto, se parte do pressuposto de que não haveria esse interesse. Se
houvesse o interesse, o Executivo não teria encaminhado o Projeto à Câmara, que pedia a
autorização para, por licitação, colocar à venda para quem viesse oferecer a melhor
proposta, conforme nós examinamos no Projeto!
Ora, Sr.
Presidente, respeitosamente, eu quero dizer o seguinte: quando eu dei o Parecer favorável
à tramitação do Projeto, Ver. Brasinha, eu o dei na maior segurança. Mas a minha
segurança poderia ser titubeante na medida em que se retira o Projeto de votação, se
admite que as suspeições aqui levantadas - indignas suspeições! - pudessem ser
verdadeiras. Falou-se até em objetos escondidos, fazendo uma referência ao
pronunciamento do Ver. João Dib. Eu não trato de coisas escondidas, eu não trato de
coisas que não sejam transparentes, que não sejam claras. As minhas posições são
sempre muito claras, muito transparentes e muito tranquilas.
Então, eu fico até pejado de estar, mais
uma vez, discutindo esta matéria. Já fui colocado sob suspeição, e agora aumenta a
suspeição, porque a correção que a Emenda produz - com respeito de quem a firmou - é
inócua. Diz que o Governo poderia fazer o que ele sempre pôde fazer: dizer ao DMAE que
tem interesse em que a área fosse readquirida pelo Município. Ora, que parafernália! O
dono do DMAE, que é o Município e os usuários do seu serviço, têm que dizer:
Olha nós temos interesse, você não coloquem à venda. Não me ponham nessa
fria de encaminhar à Câmara um Pedido de Autorização, Vereador-Líder, para vender uma
área que vocês podem ter interesse.
Eu presumo que
numa Administração que eu apoio, com a qual eu sou solidário, como aliado da base -
não como integrante -, de ter essa tranquilidade de saber que administrativamente
pertence ao Prefeito essa área que tem uma caixa-dágua inoperante, com o risco de
cair sobre os vizinhos. O DMAE não quer mais para si essa área, quer vender. O senhor
por acaso acha que tem um destino melhor? Acha que pode ser entregue ao DEMHAB para
habitações, debaixo de uma caixa-dágua que corre o risco de cair? O senhor acha
que é assim? Então, faça, é autoridade sua! Mas não foi dito, não foi feito.
E agora eu, um homem de 70 anos de idade,
disse que era legal o Projeto de Lei que veio para esta Casa, foi posta em dúvida a sua
legalidade, ainda que ressalte o PSOL, com muita clareza, dizendo que não punha em
dúvida a moralidade; punha em dúvida a legalidade. Depois de tudo isso vem agora aqui e
diz: Olha, vamos aprovar, com uma Emenda maravilhosa!
E diz que o prefeito pode fazer aquilo que ele sempre pôde fazer. Essa Emenda é a mesma
coisa que um Projeto Autorizativo: está autorizando o Prefeito a fazer aquilo que todos
reconhecemos que ele podia fazer.
Então, com todo respeito, Sr. Presidente,
eu não tenho outra alternativa! Fui a favor deste Projeto, achei que ele era legal, achei
que ele era bom e que era até cauteloso, porque estava prevenindo a Cidade do risco que
tem uma caixa-dágua abandonada um dia ruir em cima dos seus vizinhos, em cima dos
seus limites. Foi posto em dúvida. Agora, diante de tudo isso, o que eu digo? Eu anuncio
o meu voto a favor, digo da minha contrariedade. Ora, seria a contradição das
contradições. Quem apoiou o principal agora fica com dúvida quanto ao acessório. Para
mim, o acessório não existe. Vou ficar coerente com o que eu disse antes. A proposta
inicial do Governo era legal, tinha tudo para tramitar. Não tramitou não sei por quê.
Foi retirada da Ordem do Dia por razões que desconheço. Agora, a minha posição não
mudou. Continuo achando que é legal, é moral, e é de interesse público o que o Governo
quis fazer desde o primeiro momento.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 007/09.
O SR. PEDRO RUAS: Ver. Toni
Proença, presidindo os trabalhos; Vereadoras e Vereadores, respeito, Ver. Reginaldo
Pujol, a opinião de V. Exª, e desde o início me manifestei aqui em meu nome, em nome da
Verª Fernanda Melchionna - em nome do PSOL, portanto - no sentido de que não havia um
questionamento moral ao Projeto, e não havia nenhuma acusação de algo por trás daquilo
que nele se vê. O que havia, e há, é uma posição nossa, do PSOL, que entende que a
Prefeitura não é uma imobiliária e, portanto, seus órgãos não o são, e que não tem
nada de estar vendendo terrenos. Deveria, no máximo, comprá-los com destinação
específica - normalmente, via de regra, para habitação popular. Essa é a nossa
posição, Ver. Toni Proença. Aproveito para dizer o seguinte, como dizia a V. Exª e
disse ao Líder do Governo: a Emenda apresentada é uma Emenda correta. É uma Emenda
correta, Ver. Pujol! Não poderia haver a simples cessão, por ser autarquia, de um
terreno do DMAE sem a Emenda. A nossa discussão não é com relação à Emenda; a Emenda
é correta. Quem quer aprovar o Projeto, obviamente deve valorizar a Emenda. Há elogios
nossos em relação à Emenda. A nossa divergência não é sanada pela Emenda. Nós temos
outro tipo de divergência que já colocamos.
E quero alertar, Ver. Reginaldo Pujol, com
o respeito e amizade que V. Exª merece de minha parte, que esse risco de queda da
caixa-dágua não existe mesmo; basta olhar no Projeto as fotografias que demonstram
que a caixa-dágua está no chão, não tendo como cair. Então eu não sei a quem
se dirigiu o Ver. Pujol naquele momento, mas, com certeza, quanto a esse aspecto do risco
de queda da caixa-dágua, fique tranquilo, Ver. Pujol, que isso não pode acontecer.
Nós, do PSOL, continuamos com a mesma
posição: a Prefeitura, nas suas representações do Executivo, incluindo autarquias,
não é uma empresa imobiliária, não é uma entidade que possa se dedicar, a não ser em
caráter de absoluta exceção, à venda de imóveis.
Sem achar que há qualquer coisa por
trás, porque não fazemos acusações a respeito disso - temos a mesma posição sobre
todos os projetos dessa natureza -, encaminhamos contrariamente à aprovação; portanto,
pela rejeição do Projeto, na medida em que entendemos que ele demonstra, isso sim, uma
forma equivocada de administrar o patrimônio público imóvel e imobilizado. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 007/09.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr.
Presidente em exercício, Ver. Toni Proença; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores e público que nos assiste, o assunto desse terreno onde está a
caixa-dágua, de propriedade do DMAE, está tomando uma dimensão como se fosse um
terreno onde coubessem 40, 50, 60 habitações; nele cabem, no máximo, três casas, sendo
bem aproveitado. E hoje aquele terreno não pode ficar na condição em que se encontra,
porque, se permanecer aquela caixa-dágua caída, naquela condição, daqui a alguns
dias, sim, aí criaremos, num outro local, mais uma favela, sub-habitações sem as
mínimas condições, e aí haverá um prejuízo bem maior para o Município.
Nós todos sabemos que o DMAE não pode
fazer doação. Por isso, para aqueles que defendem que esse imóvel deveria ser doado
para o Departamento Municipal de Habitação para fins de habitação social, quero dizer
que sabemos muito bem que se trata de uma autarquia, e ela não tem condições de fazer
doação; o que pode acontecer, sim, já que existe o valor de avaliação, que é em
torno de nove mil reais, é o Município adquirir esse imóvel, pagando o valor devido, o
valor da avaliação ao DMAE, e fazer a doação para o Departamento Municipal de
Habitação para a construção de habitações.
Há essa Emenda apresentada, que autoriza
o Município, antes da venda, a ser consultado da possibilidade ou não de aquisição. Eu
entendo, como o Ver. Pujol também, que essa Emenda pode passar, não há problema nenhum,
mas ela não altera em nada, porque se o Município hoje quiser, estando já o processo
pronto, estando avaliado, ele pode, através da Secretaria da Fazenda, encaminhar uma
aquisição do Departamento Municipal de Habitação, porque ele tem prioridade, ele pode
adquirir esse imóvel pelo preço da avaliação, sem problema algum, sem fazer qualquer
outra emenda. Porém eu entendo que essa Emenda surgiu diante do fato de que houve uma
discussão sobre se poderia ou não ser feita a doação. Diante da impossibilidade da
doação, Ver. Valter Nagelstein, até acho que não seria necessária a Emenda, o
Município pode, hoje, se ele quiser, chegar ao Diretor do DEMHAB, à Secretaria da
Fazenda ou à Procuradoria do Município e encaminhar um pedido de adjudicação daquele
imóvel, porque lhe interessa para fins sociais, à habitação social, o imóvel em
questão. Então, independe da Emenda, não vai alterar em nada, porque, a qualquer
momento, o Município pode dispor, desde que pague, desde que possa o DMAE contabilizar no
seu patrimônio que se desfez de um patrimônio e que recebeu produto equivalente, em
dinheiro, para contabilizar a entrada e saída e fechar a matéria contábil.
Então, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu não vejo impedimento de votação à Emenda; depende do nosso Líder do
Governo se quiser retirá-la ou não, porque ela não altera nada nessa questão. O
Município tem autonomia de, a qualquer momento, adquirir esse imóvel, independentemente
da aprovação da Emenda ora apregoada. Era isso que eu tinha a dizer, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 007/09.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós temos um princípio que é
muito importante: toda terra pública deve servir ao gestor para produzir a inclusão
social, para atender a demandas sociais. Toda área da Prefeitura é área preciosíssima,
não pode ser disponibilizada sem atender a esses critérios, aos critérios que o Plano
Diretor estabelece, aos critérios que a Constituição estabelece, da função social da
terra.
Por isso o debate aqui, para além do
valor escrito no Projeto - um valor que consideramos baixo -; para além da questão de
uma caixa-dágua. Tem um custo, isso é terra, é espaço físico, porque, mesmo
sendo uma área pequena - nós já argumentávamos no debate da outra Sessão, que muitas
instituições comunitárias estão precisando de um espaço para suas sedes
comunitárias; muitas ONGs que têm trabalhos relevantes, sérios, estão precisando de
espaço, querendo atender à comunidade nas diferentes áreas, a da criança e do
adolescente, a dos idosos, na área das pessoas com deficiência, que precisam de espaço
para realizar seus trabalhos, ou seja, é muito ruim. Esses dias, nós atendíamos a uma
polêmica entre a escola, uma escola estadual e uma ONG, porque a Prefeitura cedeu uma
área da escola, ou seja, a Prefeitura tem conflito para a cedência de área. Nós, em
princípio, somos contrários a que a Prefeitura aliene esses imóveis, e falávamos, Ver.
Beto Moesch, da necessidade de praças, de espaços verdes para a fruição, para o
encontro das pessoas.
Então, a nossa posição é, nesse
sentido, contrária à disponibilização de imóveis para a iniciativa privada.
O esforço que o Ver. Valter fez tem que
ser reconhecido aqui, onde ele indica... Eu sou obrigada a concordar com o Ver. Pujol que
é autorizativo o teor e a forma como a Emenda ficou escrita, não é boa, quer dizer, o
Município tem de se manifestar se quer ou não quer, se tem ou não tem interesse para a
habitação popular. O Município já encaminhou para cá a sua posição, dizendo que
quer vender. Esta Câmara tem que ter uma posição, e eu sou da opinião de que, se fosse
para fazer uma Emenda e concordar com a venda, deveria ser uma Emenda dizendo que esse
recurso deveria ser destinado à habitação popular.
Então, a Emenda não está boa; ela faz
uma consulta, e não é bom, na forma da Lei, fazer consultas ao Município, autorizar o
Município, pois isso tira a força do Parlamento. O Parlamento tem de ter posição sobre
esses temas.
Ver. Tessaro, eu conversava ontem com o
Superintendente da Caixa Federal a respeito de a cidade de Porto Alegre ter um único
projeto aprovado no Minha Casa, Minha Vida, lá na Restinga, de 300
habitações populares. Eu tinha a informação da Caixa de que o Superintendente imagina
que nós devemos ter tramitando na Prefeitura, por iniciativa dos empresários, em torno
de dez mil habitações para entrar no Programa Minha Casa, Minha Vida; tramitando. Nós
estamos chegando ao fim do ano e sabemos que o ano que vem é ano eleitoral da União,
Estados - Deputados, Câmaras -, e nós não queremos um limite para empenhar recursos
orçamentários. Portanto, o prazo do Minha Casa, Minha Vida está-se esgotando, o tempo
está curtíssimo, e eu não vejo a Prefeitura de Porto Alegre priorizar esse programa -
é prioridade zero -, encaminhar os Projetos do Minha Casa, Minha Vida! Então, ao mesmo
tempo em que se desfaz de um terreno, por outro lado, dez mil casas poderiam estar agora
com projetos aprovados e não estão.
A informação que a Caixa nos traz é que
estão tramitando na Prefeitura, lentamente, sem prioridade, sem Cauge, porque, para
agilizar o processo que interessa à Prefeitura, se agiliza, se reúnem as Secretarias,
mas, no caso do Minha Casa, Minha Vida, isso não está ocorrendo. Os projetos não
recebem pareceres, trancam na SMAM, trancam na SMOV, trancam no Planejamento, e a Cidade
vai perder.
Nós temos indicativos de que Porto Alegre
cumpre o pior PAC de todas as capitais brasileiras. É verdade, Brasinha, é essa a
informação que eu tenho. Então, há essa morosidade e essa falta de prioridade.
É muito estranho se desfazer rapidamente
de um terreno, mas não dar os que estão dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Então, dessa forma, com essa Emenda, nós
também não aprovamos o Projeto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 007/09.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Toni Proença; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhores e senhoras, cada dia me espanto mais com algumas coisas que ocorrem neste
plenário. Eu, que venho todos os dias, de repente venho acompanhando, ao longo dos anos,
as coisas que aqui acontecem.
Por exemplo, a
Bancada do Partido dos Trabalhadores agora está reclamando da venda deste terreno. Eu
não entendo; eles saíram só há cinco anos do Governo, venderam dezenas de terrenos de
excelentes colocações, que oportunizariam trocas maravilhosas; não o fizeram, venderam,
receberam dinheiro, e em zonas nobres. Eu não estou entendendo agora por que há
dificuldades em que o Executivo venda áreas que, como esta, estão ocupadas com uma
caixa-dágua, que está desativada, precisa ser demolida, ainda que ela esteja
apenas semienterrada. O terreno foi avaliado em 20 mil, e foi avaliado o custo para a
demolição em cerca de 12 mil; então, a diferença é de oito mil. Isso não é o que
vai modificar a vida do Município, não vai fazer nada! O que estranho é que, ontem,
vendiam as terras da Cidade em zonas nobres; hoje, lá em Belém Novo, não sei por que
tanta cena, tanta barbaridade, tanta conversa que vem desde a semana passada, e a
votação foi adiada por cinco Sessões. Eu vou votar contrariamente à Emenda; o Projeto
tinha que ser aprovado como veio, e eu acho que, ainda que meu nobre Líder do Governo
tenha feito a Emenda porque pretendeu mostrar que tinha atenção com a oposição, eu
acho que ele não merece, quando fazem o que fizeram - falando agora, como falou o PT -,
eu acho que ele não merece, então vou votar contra a Emenda. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
(O Ver.
Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
votação
Emenda
nº 01 ao PLE nº 007/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, subscrita também pela
Líder de Bancada, Verª Maria Celeste, cujo teor é o seguinte. (Procede-se à leitura da
Emenda nº 01, ao PLE nº 007/09.)
Em votação
nominal, solicitada pela
Verª Sofia Cavedon e outros, a Emenda nº 01 ao PLE nº 007/09. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 14 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLE nº
007/09. (Procede à leitura da Emenda.)
Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Pedro Ruas e outros, a Emenda nº 02 ao PLE nº 007/09. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 17 votos SIM, 01 voto NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, por solicitação
desta presidência, o PLE nº 007/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 19 votos SIM e 03 votos NÃO.
Apregoo
o Memorando nº 107/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que solicita representar
esta Casa Legislativa na
reunião referente ao hospital da Restinga, que se realizará hoje, às 14 horas, no
Ministério Público, conforme convite anexo.
Apregoo Memorando nº 28/09, de autoria do
Ver. Elias Vidal, solicitando representação da Casa para participar, no dia 26 de
outubro, durante o turno da tarde, de reunião junto à Direção do Hospital Vila Nova,
para tratar de assuntos da comunidade.
Apregoo Memorando nº 140/09, de autoria
do Ver. Ervino Besson, que solicita representar esta Presidência na Cerimônia de
Abertura Oficial da Colheita da 25ª Festa Municipal do Pêssego e da 18ª Festa Estadual
do Pêssego, às 15 horas do dia 4 de novembro, na Av. Edgar Pires de Castro, nº 8.675,
nesta Capital.
REQUERIMENTO
- VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº
083/09 (Proc. nº 2702/09 Verª Sofia Cavedon) - requer
Moção de Solidariedade à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 150 de 2003.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação
Requerimento nº 083/09, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que requer Moção de
Solidariedade à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 150, de 2003. (Pausa.) O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/09.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, normalmente, não voto
Moções, porque sempre disse que Moção causa tensão, emoção, irritação e agressão
também. Mas eu assinaria até um requerimento de solidariedade ao Congresso Nacional, à
Câmara Federal mais exatamente, se fosse para votar a regulamentação da Emenda
Constitucional nº 29, que
trata da Saúde neste País. A Saúde vai mal; o Governo não gasta 4% com a Saúde. Claro
que eu não sou contra a Cultura; seria insensato da minha parte dizer que sou contra a
Cultura, mas um País que gasta 4%, ou menos, na Saúde, vai gastar 2% na Cultura? Claro
que o Sr. Lula não vai deixar, ele não está deixando aumentar os recursos para a
Saúde, que constitucionalmente deveria ser o valor de 10% sobre a arrecadação
tributária da União. E isso, no ano passado, em 2008, eles queriam que só viesse a
ocorrer em 2011; e que, paulatinamente,
crescesse. E ele não deixou votar a matéria no Congresso Nacional, na Câmara Federal,
mais precisamente.
E, este ano,
os Deputados devem ter outras coisas para fazer, não estão interessados na saúde do
povo, então também não votaram e também não falaram mais no assunto.
Agora, vão
dar 2% para a Cultura e menos de 4% para a Saúde. De vez em quando, ele ainda faz
suplementação em cima da verba da Saúde. E mais, ele disse que os hospitais do
Ministério da Educação sejam considerados como despesa de Saúde, para que ele, então,
não precisasse gastar os 4% - e não chega a 4%. É difícil apoiar a minha nobre Verª
Sofia Cavedon, porque aquela Câmara Federal, lá, está toda errada, precisa mesmo é
regulamentar a Emenda nº 29, que vai fazer com que o povo tenha Saúde!
Primeiro
Saúde, depois, Cultura. Saúde e PAZ! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 083/09, de sua
autoria.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o
Ver. João Dib tem uma preocupação correta com a Saúde, mas eu só acho que não
devemos contrapor um tema ao outro, porque uma pessoa bem realizada, encontrando a sua
vocação fluindo da cultura, é uma pessoa muito mais saudável. Então, acho que nós
concordamos nisso, mas eu quero trazer alguns elementos para Vossas Excelências. Esta
discussão da PEC nº 150, neste momento, nesta Semana da Cultura - amanhã é o Dia
Nacional da Cultura -, está, digamos, em pauta no Congresso Federal.
Eu conversava
com a Ana Fagundes, Ver. João Dib, que me dizia que, em Porto Alegre, de fato, o
Orçamento para a Cultura é 0,96%, algo assim. E ela me dizia que todo ano é
contingenciado 20%. Então, Porto Alegre não é diferente dos Estados e da União, gasta-se... há pouquíssimo recurso
para a Cultura. Esse movimento, essa luta para haver uma vinculação constitucional é
uma luta dos artistas, é uma luta do povo brasileiro, porque a gente sabe que, quando
temos que encurtar o cobertor, é lá na Cultura que é feito o corte - não
é, Ver. DJ? -, que sabe quantas vidas e quantos projetos de vida, inclusive a dele, se
salvaram e se realizaram através da Cultura. A Cultura não é só algo para passar o
tempo, para tirar pessoas das drogas... Hoje, a economia da Cultura é fundamental no
País, as pessoas vivem da Cultura; muito mais do que aqui no Sul, no Norte, no Nordeste,
com a exportação de produtos brasileiros, da manifestação cultural brasileira, o que
traz muitos dividendos para quem não teria alternativas, porque não foi para uma
universidade, mas é um artista, tem um talento único! Então, o Brasil dá um passo
muito importante ao fazer essa vinculação constitucional. E é muito importante que
Porto Alegre se manifeste, porque as votações vão acontecer na semana que vem,
possivelmente. Nós gostaríamos de falar, e há uma demanda dos grupos de Cultura da
Cidade, a própria Prefeitura está de acordo com isso, que nós façamos uma
manifestação formal - Ver. DJ, que eu espero que fale pelo PTB - para o Congresso
Nacional, para o Senado, no sentido de que aprovem. Porque não é só o 1%, aqui, no
Município, são 2% na União. Então, é muito recurso, é recurso fundamental. É 1,5%
nos Estados, Ver. Dib, e a gente sabe que isso fomenta outra qualidade de vida, fomenta
desenvolvimento, mas, principalmente, resgatando pessoas, garantindo a identidade,
garantindo memória, garantindo uma outra condição de sujeitos, de cidadãos, do povo
brasileiro. "O povo não quer só comida, o povo quer diversão e arte", já diz
a música, e o povo quer, porque sabe, Verª Fernanda, do valor da cultura para a
realização humana. Ao fazer cultura, nós nos afirmamos como seres humanos, essa é a
nossa grande diferença em relação aos animais e aos vegetais. Acho que devo aproveitar
para contar das várias iniciativas; nós estamos em plena Feira do Livro, o Ver. DJ
agendou uma ida da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude à Feira do
Livro, na terça-feira que vem, Ver. Sebastião Melo, nosso Presidente, e convidamos todos
os Vereadores para nos acompanhar. A TV Câmara vai gravar na Feira do Livro, e fico
pensando, que bom, e aí há o vale-cultura, que bom se todo trabalhador pudesse comprar
um livro, que fosse à Feira do Livro!
Nesta semana que passou, na Feira, o
maravilhoso Círculo Literário de Passo Fundo mostrou os indicadores dessa cidade, nesse
tempo do funcionamento do Círculo Literário, lá, referindo como se ampliou, em Passo
Fundo, a cultura. Há outra iniciativa que vêm junto com a PEC nº 150, que é o
vale-cultura: 50 reais para cada trabalhador/mês para investir em cultura - para ir ao
cinema, para comprar um livro, para ir ao teatro. Isso é um upgrade, isso é uma
aposta na humanização dos brasileiros. E nós, que gritamos aqui contra a morte, no
cotidiano, contra a violência que assola este País, sabemos que a alternativa é criar
consciência, é criar humanização, e a Cultura é imprescindível para isso.
Então, acho que a Câmara de Porto
Alegre, que já faz vários movimentos nesse sentido, pode mandar sua Moção aos
Deputados, aos Presidentes do Senado e da Câmara, dizendo que quer ver aprovada essa PEC,
que é importante, é um símbolo que marca, mais uma vez, o nosso compromisso com a
humanização do povo brasileiro. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/09.
O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, imprensa e demais senhoras e senhores
presentes na Casa, em primeiro lugar, Verª Sofia, já quero antecipar: amanhã, dia 5, é
o dia dos guerreiros - posso dizer assim -, porque quem faz cultura, quem trabalha com
cultura, Ver. Dib, neste País, é corajoso, e devemos aplaudir, porque a Cultura neste
País é esquecida! Não se fala em Cultura, não se fala em investimento na Cultura! Ora,
Verª Sofia, estamos lamentando a perda de crianças - não são nem mais adultos ou
adolescentes, estamos perdendo crianças - para o crime, por falta de oportunidade na
cultura! E quando, Ver. Pancinha, alguém vem e fala, e põe à disposição um
investimento na Cultura... Ora, a Saúde é importante, a Saúde vem em primeiro lugar; a
Educação de qualidade é
indiscutível! Agora, espera só um pouquinho, eu não poderia deixar esta questão passar
em branco e não vir a esta tribuna, porque eu tenho certeza de que centenas e milhares de
guerreiros que fazem a cultura, sem estrutura e sem condições, iriam dizer assim:
Ora, DJ Cassiá, homem que se diz da cultura popular, faz um desabafo por nós e
leva a nossa mensagem de que nós precisamos, precisamos, sim, Paulinho, que lá no Rubem
Berta chegue verba para a cultura popular. E volto a dizer, repito aqui, e não vou
me cansar: falta oportunidade na Educação de qualidade e na Cultura, que caminham
juntas, pois é uma vaga que se abre para o crime! Estamos perdendo esta guerra,
infelizmente! Infelizmente, Ver. Dib, vou falar para o senhor, por quem eu tenho um
respeito muito grande, o senhor é um grande conhecedor de leis, um grande conhecedor da
nossa Cidade, mas quero falar daquilo que vejo durante o dia e durante a noite, Ver. Dib,
lá dentro da vila, dentro da comunidade: o nosso povo está pedindo socorro; socorro e
investimento! Socorro e não discurso! De discurso nós estamos cansados! Do que nós
precisamos é de ação! Ação! Ação! Ação, Ver. Dib! E é o que o Governo Federal
está propondo, ele está propondo dinheiro! Eu não poderia deixar isso passar em branco!
E digo mais uma vez, meus colegas Vereadores e minhas colegas Vereadoras, quando eu tenho
que criticar, eu critico; quando a coisa está errada, eu subo a esta tribuna e, seja quem
for, se a coisa está errada, eu digo que está errada, mas quando a coisa está certa, a
gente tem que aplaudir! Eu quero aplaudir, já começando, o Governo Federal por dar esta
oportunidade, dar essas condições que faltavam em outros governos em relação à
Cultura, Ver. Dib...
(Aparte
antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR. DJ
CASSIÁ: Não é do
Governo? De quem vem, Dr. Dib? É do Governo, Dr. Dib! É uma proposta que vem do Governo,
mas eu não vou ficar aqui dizendo quem é o pai da criança, eu quero que
Deus abençoe, então, Dr. Dib, o pai dessa criança que está aí propondo
condições de verba para a Cultura. E mais, Vereadores, a Cultura tinha que
ser vista de uma forma diferente, como a Saúde, como a Habitação, como a Educação. Eu
gostaria que a Cultura fosse dividida em fatias para os municípios. Município que tem
projeto tinha que receber mais verba, e Porto Alegre é um Município que tem projetos, é
uma Cidade que tem pessoas envolvidas com a cultura popular.
E, para encerrar, Sr. Presidente, mais uma
vez, eu quero bater palmas ao dono e autor desse Projeto, Ver. Dib - o senhor me disse que
não é o Governo Federal, eu não sei quem é, seja quem for -, e que Deus o abençoe e
que venha o dinheiro para essa Cultura. Em nome dos culturantes, eu bato palmas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
nº 083/09.
Ver. Dr. Raul,
essa é uma iniciativa de uma Frente Parlamentar do Congresso Nacional que está
elaborando a PEC e destinando, via PEC, que os Estados invistam, Ver. DJ Cassiá, 1,5% da
Peça Orçamentária, e o Governo da União mais 1%, totalizando 2,5%. Hoje, o Governo
Federal investe 0,6% da sua Peça Orçamentária, que significa 556 milhões de reais.
Esse valor dividido ou transferido para todo o Brasil é insignificante, por isso essa
dificuldade de acesso à Cultura.
Há pouco tempo,
foi aprovado no Congresso Nacional o vale-cultura, que vai passar a vigorar no ano que vem
- um recurso, senão me engano, de 50 reais -, para que famílias que têm um determinado
salário tenham acesso à Cultura. Essa PEC, na verdade, faz, a meu ver, o que é correto:
ela destina recursos da Peça Orçamentária da União de 1% que vai representar um
bilhão e alguma coisa, porque hoje 0,6% significam 556 milhões, e mais 1,5%, Ver.
Todeschini, dos Estados, que é, por sua vez, onde está o grande problema, pois não
investem na área da Cultura. E, percebendo isso, o Ver. João Antonio Dib falava antes
que o Governo Federal, na verdade, não vota a PEC nº 29 da Saúde. A PEC nº 29 da
Saúde, obriga os Municípios a investirem, no mínimo, 15%. Hoje, o que nós temos em
termos de Porto Alegre? Porto Alegre teria que investir 15% na Saúde, investe mais; o
Estado deveria investir 12%, não investe nem 6%; a União teria que investir também 12%,
diz que investe mais. Na área da Cultura não é tão diferente. Uma vez determinada essa
iniciativa de apoio à PEC, de iniciativa da Verª Sofia Cavedon, é exatamente em apoio
apenas à PEC. É um gesto simbólico, mas de extrema importância, que a Câmara de Porto
Alegre estaria dando para aprovar a PEC e para destinar recursos que, muitas vezes, são
destinados para algumas regiões sem nenhum compromisso na Peça Orçamentária, mas
apenas para agradar a alguns. E, na verdade, nós, que estamos aqui na base, sofremos, às
vezes, por isso acontecer. Acho que é melhor institucionalizar isso via Peça
Orçamentária, na qual obrigue a própria União e os Estados a investir esse percentual.
Portanto, acho louvável a iniciativa de nossa colega, Verª Sofia Cavedon, em fazer aqui
uma Moção de Apoio a esta PEC, porque no fundo, no fundo, os Municípios ou os Estados
passarão a receber mais recursos para as Secretarias de Cultura. Por essa razão, acho de
extrema importância essa Moção, e encaminho, pela Bancada da oposição, favoravelmente
à PEC, e tenho certeza absoluta de que não tira dinheiro nenhum do Município, portanto
não há por que votarmos contra. Pedimos o apoio dos nobres colegas Vereadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/09.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Ver. Toni Proença; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu acredito,
Ver. DJ Cassiá, Verª Sofia Cavedon, que o correto, com todo o respeito ao ilustre e
insigne mestre, Ver. João Antonio Dib, é nós manifestarmos o apoio a essa iniciativa,
até porque aí, Ver. João Dib, nós vamos demarcar uma diferença que existe entre a
forma que nós enxergamos o exercício e a atividade política e a forma que,
infelizmente, em alguns momentos - e eu espero, rogo, confio, que isso seja vencido, Ver.
Mauro Pinheiro -, nós enxergamos a atividade política aqui nesta Casa; o exercício,
Ver. Pancinha, das nossas funções como representantes do povo, detentores, dignitários
de um mandato popular e a forma como a oposição encara essas questões.
Eu fiquei muito sensibilizado com a fala
do Ver. DJ Cassiá, que, antes de chegar à Câmara - nós já nos conhecemos bem, talvez
há uns vinte anos, embora ambos guardem ainda este semblante jovem, mas já faz tempo que
nós nos conhecemos -, Ver. Haroldo, assim como V. Exª, é alguém que se forjou na
atividade de comunicação, voltado a uma vocação popular, à cultura do hip hop,
do funk, que é uma das vertentes da cultura que
nós, como outras tantas, seja a mais erudita, seja a mais sofisticada, seja a mais
popular, precisamos, sim, valorizar, porque é uma das válvulas de escape, eu diria, para
esse estado caótico de coisas que nós vamos encontrar aí na rua. Nós vamos encontrar a
Cufa, fazendo o trabalho do basquete embaixo dos viadutos da Cidade, porque, infelizmente,
no nosso País, não tem recurso para quadras, Ver. Paulinho, V. Exª que está lá. Falta
essa cultura até para o nosso próprio povo. O Governo vai lá e faz uma quadra de
esportes, no dia seguinte a quadra está depredada. Então, nós precisamos - a Verª
Sofia trabalha com Educação Infantil - também incutir na cabeça dos educadores, não
só lutas corporativas por melhores salários - essas são importantes -, ou muitas vezes
a doutrinação política por ideias marxistas, ou Paulo Freire, ou de esquerda, ou aquele
outro, mas nós também precisamos incutir na cabeça das crianças valores de
civilização, de respeito ao patrimônio público, da importância de ter uma parada de
ônibus que não seja depredada no dia seguinte, porque o pai ou a mãe daquele jovem que
depredou pode ser que, na próxima semana, esteja ao relento, no frio, sofrendo de uma
intempérie ou de um vento minuano que nos castiga aqui durante o nosso inverno. Então,
esses valores são impressos na educação, mas, pari
passu com a educação, são impressos na cultura, que é uma forma lúdica de se
levar a educação às crianças.
Então, eu acho que sempre que nós
falarmos em Cultura, a Cultura, como a Educação, não ocupa espaço e nunca é demais.
Está aqui o Ver. Beto Moesch, lutador pelas causas ambientais. A minha pequena, que tem
cinco anos, é uma educadora ambiental dentro da minha casa, porque na escola dela, e da
que tem 14, os valores que se passam hoje não eram valores que nós, da nossa geração,
Ver. Dr. Thiago Duarte, recebíamos, de não se comer uma bala dentro do carro, amassar o
papelzinho e jogar pela janela. São coisas comezinhas, são coisas pequenas, mas são nos
pequenos gestos que nós vamos fazendo a diferença, e fazendo como a parábola do
beija-flor, ajudando a construir um mundo melhor.
Então, eu acho que nós apoiarmos uma
medida dessas, que destina valores para a Cultura, é muito importante, porque ali no bojo
dessa questão cultural nós estamos trabalhando também valores de cidadania, valores de
educação, de inclusão, enfim, valores tão importantes. E não fazer como nós fizemos
agora há pouco, nós construímos este Projeto - só para traçar um paralelo - do DMAE,
Ver. João Antonio Dib, atendendo o que a oposição pediu, e na hora de nós votarmos,
nós tivemos o voto de alguns Vereadores da Bancada do PT, mas infelizmente não tivemos o
de outros. E da Bancada do PSOL, Verª Fernanda Melchionna, eu quero dizer, com muito
pesar, porque foi atendendo o apelo de S. Exª, o Ver. Pedro Ruas, e de V. Exª, que nós
construímos aquela Emenda, e depois a Bancada se absteve na hora da votação. Por quê?
Para não assumir posição, para não dizer que num projeto meritório estava ao lado do
Governo. Mas nós podemos, sim, em determinados momentos, caminhar juntos, não há mal,
não há nada de ruim, não há nada de feio e não há nada de pesar nisso. Nós podermos
construir e caminhar juntos, como nós, de fato, tínhamos entendido. Por que nós fizemos
a Emenda? Porque o Ver. Toni Proença tinha pedido, porque alguns Vereadores do PT tinham
pedido, porque S. Exª, o Ver. Pedro Ruas, tinha pedido. E nós retiramos, Ver. Pedro
Ruas, houve toda uma série de pedidos aqui para que nós fizéssemos; retiramos,
inclusive houve aplausos.
Se o Governo avança, e se propõe de
forma resoluta que se votem certas coisas e que não se converse, o Governo é acusado de
arbitrário. Por outro lado, Ver. João Pancinha, se o Governo na faz isso - Ver. Dr.
Raul; meu líder, Ver. Haroldo de Souza -, se o Governo retroage, retrocede, retira de
pauta, dialoga e constrói, da mesma forma, o Governo é acusado de outras questões.
Então, nós precisamos avançar.
Está aqui o Projeto Minha Casa, Minha
Vida, do Governo Municipal, que visa a reconhecer méritos lá no Governo Federal, e nós
estamos aqui começando a discussão, hoje, deste Projeto, e estamos fazendo um apelo para
construirmos juntos. Eu, logo a seguir, em Tempo de liderança, Ver. Mario Manfro, vou
falar que amanhã, na sede do PMDB, vai estar o Sr. Marco Arildo, Presidente da Trensurb,
na sede do nosso Partido, e nós já estamos convidando os Vereadores da Bancada do
Partido dos Trabalhadores para nós fazermos, juntos, essa discussão, porque é uma
discussão que interessa a Porto Alegre. Então, eu acho que nós, felizmente, estamos num
momento mais tranquilo aqui na Câmara, Ver. João Antonio Dib, e eu gostaria que este
momento de paz, de tranquilidade, eu diria até zen, Sr. Presidente, fosse um
momento que pudesse imperar nas nossas votações, e que nós não precisássemos a todo
instante e a todo o momento ter que ficar delimitando território e marcando posição,
porque a nossa Cidade merece certas vezes que saibam que cada um de nós tem posição e
é inflexível com as suas posições, mas, quando é pelo bem comum e pelo amor à nossa
Capital, nós podemos transigir em algumas questões. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
Na verdade, nós, do PSOL, desde o
início, naquele e em outros Projetos da mesma natureza, reiteramos que entendemos que a
Prefeitura não é uma imobiliária, e que, portanto, não deve vender imóveis - em todos
os Projetos dessa natureza e nesse também. E não pedimos ao Vereador essa Emenda, apesar
de achá-la correta, e, até disse isso na tribuna; não pedi ao Vereador essa Emenda,
porque isso comprometeria o voto da Emenda no Projeto. Nós não fizemos isso. Achamos a
Emenda correta do ponto de vista de quem ia aprovar o Projeto. Por quê? Porque é uma
autarquia. E a Emenda era uma emenda correta mesmo. Mas nós não pedimos. Nós do PSOL -
eu e a Verª Fernanda Melchionna - não pedimos a Emenda e temos votação nesse Projeto,
como em vários outros, que incluam qualquer tipo de venda de patrimônio do Município.
Por outro lado, vários Projetos, vários
- e eu tenho marcado isso - do Executivo nós já votamos
favoravelmente e votaremos sempre que os entendermos corretos.
Fica aqui, neste breve encaminhamento,
esclarecida esta questão. Aproveito para reiterar, Verª Sofia, que votamos a favor da
Moção, e que, obviamente, do nosso ponto de vista, ela é absolutamente meritória,
necessária e marca uma posição importante da Casa do Povo de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
083/09.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a proposta do Requerimento da
Verª Sofia Cavedon, de apoio à aprovação da PEC em tramitação no Congresso Nacional,
obviamente, numa análise primeira, não pode receber objeção; quem é contra a cultura
neste País? Em verdade, vai se verificar, na discussão, que a coisa não é simples
assim, tão forte. A proposta originária, Verª Sofia, falava na cultura nacional.
Correligionários seus, integrantes da Frente Parlamentar da Cultura, estão pleiteando a
supressão da expressão nacional, e fica: especialmente apoio à cultura,
sustentando eles que a manutenção do texto originário cultura nacional
poderia ensejar algumas confusões, como, por exemplo, no momento em que se apoiasse a
produção de uma ópera clássica que não fosse de Carlos Gomes - que fosse de Verdi,
Tchaikovsky ou outro qualquer -, poderiam dizer: Isso não é cultura
nacional. É a mesma coisa que se nós colocássemos aqui a cultura regional. O
carnaval de Porto Alegre faz parte da cultura popular e não é cultura regional.
Eu faço esta
colocação para dizer que sei onde estou caminhando. A Frente Parlamentar da Cultura, que
envolve cerca de 400 Parlamentares há muito está lutando com isso. Eu salientaria, Verª
Sofia, um aspecto que me preocupa: é muito comum a gente fazer uma PEC lá em Brasília,
dizendo como é que o Estado e o Município vão proceder. Nós, aqui, temos regramento
próprio, eu sei que hoje - e não por ser sabidão; sei porque está informado nesta
discussão - o Governo Federal coloca na Cultura em torno de 0,7%, 0,8% do seu Orçamento,
de impostos. E aí tem uma filigrana de cunho orçamentário que precisa ser bem
entendida. É que as contribuições: o Cofins, a contribuição sobre o lucro líquido
das empresas, enfim, o Cide, isso é entendido, Ver. Dr. Raul, como contribuição e não
como impostos. Impostos são todos aqueles em que o Governo pode mexer: o Imposto de
Renda; no caso municipal, o IPTU. Se nós fôssemos, aqui em Porto Alegre, colocar só
sobre os impostos isso que estão colocando, iríamos reduzir o que hoje o Município
coloca em Cultura.
Ao se colocar
1% sobre os impostos - e nós sabemos que grande parte do conjunto do Orçamento do
Município são transferências - ficaria a dúvida, se nós teríamos 1% sobre o total ou
1% sobre um parcial muito pequeno.
Eu digo tudo isso, Sr. Presidente, para
dizer o seguinte: eu sei que a discussão na Câmara dos Deputados - onde se encontra o
Projeto no dia de hoje - é muito bem centrada. Eu conversava, há poucos dias, com um
Deputado que me surpreendeu, porque eu sempre o tive como vinculado à área da Saúde,
Ver. Dr. Raul, o seu amigo e parente, o Deputado Germano Mostardeiro Bonow; pois o Bonow
faz parte dessa Frente Parlamentar da Cultura.
Ver. João Antonio Dib, Cultura se bem
trabalhada é Saúde; Cultura é progresso, é desenvolvimento. Agora, vamos deixar muito
claro o seguinte: nós vamos apoiar a proposta da Verª Sofia Cavedon, de apoiar a PEC.
Esperamos que os recursos que venham ser aumentados para a Cultura, se assim o forem, não
sejam mal empregados; este é o problema! Nós tivemos um momento no Ministério da
Cultura, em que, estranhamente e de forma repulsiva aos meus conceitos de moralidade, o
Ministro de Estado tinha a sua banda musical contratada pelo Ministério da Cultura para
fazer apresentações em Paris. Isso é horrível, mas já passou. Esperamos que no
futuro, Verª Sofia Cavedon, o seu propósito enseje recursos para serem melhor aplicados
para a Cultura em geral, mais do que a Cultura nacional, porque a Cultura não tem País,
não tem raça, não tem distinção. Eu gosto da cultura popular, eu gosto do CTG, eu
gosto do samba, eu gosto do carnaval, sinto-me bem nisso. Nem sou grande público para ver
uma ópera clássica, que tem público também - não sou eu o público, mas tem público,
e um público selecionado, que merece também ser distinguido. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença):
Em votação o Requerimento nº 083/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver. João Antonio Dib.
REQUERIMENTO
- VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº
134/09 (Proc. nº 4167/09 Verª Fernanda Melchionna) - requer
Moção de Solidariedade ao povo hondurenho pela defesa da legitimidade democrática do
Governo de Manuel Zelaya e contra o golpe dos militares naquele país.
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação
o Requerimento nº 134/09, da Verª Fernanda Melchionna, solicitando Moção de
Solidariedade ao povo hondurenho pela defesa da legitimidade democrática do Governo de
Manuel Zelaya e contra o golpe dos militares naquele país. (Pausa.) O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 134/09.
O SR. REGINALDO PUJOL: Antes de
começar a minha manifestação, atendo a uma solicitação do Ver. Nelcir Tessaro,
convidando para o jantar-show em solidariedade à Casa da Sopa da Restinga, que vai
ocorrer no dia 19 de novembro de 2009, quinta-feira, às 20h, no qual estarei presente,
atendendo ao convite do meu amigo Roni e da sua equipe. Recomendo que todos compareçam,
vão ter lucro em lá comparecer! O valor é de 25 reais. Vinte e cinco é o número do
PFL, eu sou ainda do PFL!
Verª Fernanda,
quando eu tinha a sua idade, e isso faz muito tempo, eu participava de um movimento que,
Ver. Haroldo, sustentava a autodeterminação dos povos. Naquele momento, a Revolução
Cubana estava se instalando, o marxismo ainda não tinha sido assumido por inteiro com
Fidel Castro, e eu, juntamente com vários outros jovens, consegui um apoio financeiro
para fazer uma publicação no jornal Correio do Povo, apoiando a Revolução Cubana e
recriminando aqueles que queriam nela intervir de fora para dentro. Eu continuo achando
que, todas as vezes em que um gringo qualquer quiser se meter na política brasileira,
nós vamos ficar contrariados e vamos repelir. Eu lembro até que, durante um dos
entreveros maiores que o Estado viveu, alguém, na Argentina, nos propôs apoio para
enfrentarmos os imperiais, os caramurus, os que representavam o poder central, Verª
Fernanda. E, naquela ocasião, com a bravura dos Farrapos, disseram o seguinte: O
primeiro gringo que passar a fronteira vai nos dar o sangue para fazermos o armistício
com os imperiais, com os caramurus.
As coisas brasileiras, eu entendo, que
têm que ser decididas pelos brasileiros; as coisas dos gaúchos, eu quero que sejam
decididas pelos gaúchos; as coisas dos gremistas, eu quero que sejam decididas pelos
gremistas; e as dos colorados pelos colorados. Isso se chama autodeterminação e respeito
à dignidade de cada um. Vamos convir que a situação de Honduras é muito complicada
para que a gente, de consciência livre, tome partido de um dos lados, porque, se nós
acharmos que lá em Honduras houve um golpe parlamentar, nós vamos reconhecer que o
mandato popular outorgado a Fernando Collor de Mello e cassado pelo Congresso Nacional
também foi uma barbaridade. Obviamente que defender o mandato popular para quem a vida
inteira só fez política através de mandatos populares que recebeu, é algo muito
importante. Eu, por exemplo, no momento, vivo um drama muito sério, porque sou chamado a
ir para a Assembleia Legislativa para substituir alguém que teve seu mandato suspenso
pela Justiça, e eu acho que isso é uma coisa muito perigosa, ainda que fosse em função
de infidelidade partidária, eu que defendo a fidelidade partidária.
Agora, a Verª Fernanda Melchionna propõe
uma Moção de Solidariedade ao povo hondurenho pela defesa da legitimidade democrática
do Governo de Manuel Zelaya e contra o golpe dos militares daquele país. Agora, eu
pergunto: qual dos povos hondurenhos? O que apoia a deposição do Zelaya ou aquele que
quer que ele retorne ao poder? Honestamente, li, com o maior respeito à Vereadora, que
faz muito bem em propor essa Moção de Solidariedade, porque os seus eleitores assim o
querem, eu já lhe disse, em outras circunstâncias, que ser coerente com o mandato é uma
coisa que poucos podem fazer, mas, se eu defendo a sua coerência, eu não posso abdicar
da minha coerência. Se há 50 anos eu era contrário a que os marines invadissem
Cuba, na Baía de Porcos, para modificar um processo político que a Revolução Cubana
havia estabelecido e que não era bem aquele que eu, como democrata, queria, como é que
eu posso hoje querer intervir em Honduras, onde o Governo brasileiro, por razões que eu
não entendi até hoje, se prestou a um protagonismo não adequado e não coadunado com as
nossas tradições? Eu continuo dizendo o seguinte: cada um com seu caso a quo,
cada povo que trace o seu destino; eu continuo afirmando assim. Acho que os hondurenhos,
como os marroquinos, como os brasileiros, uruguaios, argentinos, paraguaios e quaisquer
outros têm o direito de decidir qual o destino que devem seguir. Se for o melhor ou o
pior, eles vão arcar com as consequências. Eu não apoio a Moção de Solidariedade
proposta por esta jovem, brilhante, combativa e inteligente Vereadora, que é a minha
querida Fernanda, que, no presente momento, age coerentemente com as suas ideias, mas em
desacordo com as minhas ideias.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A
Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
nº 134/09.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, sobretudo o público que nos
assiste, existem momentos na história dos povos e do mundo em que nós não podemos ser
omissos, porque, se é verdade que nós defendemos a autodeterminação de cada povo e que
a gente se revolta cada vez que existe um modelo econômico imposto, um modelo cultural
imposto, como muitas vezes na história a gente viu e vê ainda com relação a questões
comerciais e de controle dos recursos naturais de vários países por parte dos
norte-americanos e por parte de algumas nações, potências mundiais, nós também temos
que ser coerentes e defender a democracia do povo acima de qualquer coisa. O representante
escolhido nas urnas, como no caso de Honduras, e retirado pela violência das armas, Ver.
Reginaldo Pujol, não por um Parlamento ou por denúncias de corrupção ou qualquer coisa
- nós precisamos retomar a história do golpe em Honduras, que inclusive teve um acordo
firmado esta semana, mas igualmente a Moção foi protocolada a seu tempo -, serve para
nós debatermos a política mundial, que, há 120 dias, no meio da madrugada, viu o
Palácio hondurenho ser invadido por representantes das Forças Armadas, seu Presidente
ser retirado de pijama do Palácio - o Presidente eleito pela população hondurenha - e
colocado numa prisão. E isso porque o Presidente estava propondo, para o dia 28 de junho,
um referendo, para saber se haveria, em janeiro deste ano, uma consulta à população
sobre a Constituição hondurenha. Ou seja, o Presidente de um país estava ampliando os
mecanismos de participação popular, fazendo uma consulta para saber se haveria uma
consulta oficial em janeiro e, no meio da madrugada, foi silenciado, foi retirado do seu
Palácio, ainda de pijama, há exatos 120 dias, pelos militares do exército e apoiado
amplamente por um grande setor da imprensa vinculado com a elite mais tradicional, porque
nem toda elite estava a favor do golpe. Mas foi um golpe, inegavelmente; um atentado
contra a democracia, uma violência policial à decisão permanente do povo de escolher o
seu Presidente e à decisão do povo de saber se gostaria de mexer na Constituição. Uma
ditadura a que foi submetida, nos últimos quatro meses, com hora de recolher, com bomba
de gás lacrimogêneo, com bala de borracha, com estado de sítio nas cidades, na capital
de Honduras, em Tegucigalpa, e nas cidades hondurenhas, para garantir que a violência das
armas silenciasse a voz do povo, porque o povo estava com o seu Presidente e aí teria
vários partidos, Ver. Valter Nagelstein, tinha o partido liberal, tinha o bloco popular,
tinha os marxistas, tinha os democratas, tinha todos os setores ou vários partidos
hondurenhos em defesa da democracia, ainda que, dentro desses partidos, exista diferença
com relação ao programa, exista diferença com relação à sociedade, exista diferença
em relação à posição que o país tem que ter com os Estados Unidos. Uma coisa que
nós não podemos fazer é fechar os olhos para a história e fechar os olhos para a nossa
responsabilidade, como pessoas políticas e figuras públicas, de debater e resgatar a
história, para que ela não volte a se repetir, porque os anos 60, os anos 70, os anos da
ditadura e os anos de chumbo que a América Latina viu, em conjunto, os anos dos 30 mil
mortos na Argentina, pela ditadura, os quase dois mil mortos no Brasil, os desaparecidos
no Uruguai, a violência no Chile, no Peru, esses anos passaram e têm que servir, na
nossa memória, para combater a possibilidade de que existam novamente no futuro.
Portanto, defender qualquer política ou autodeterminação dos povos, hoje, é lutar pela
democracia incondicional e pelo direito popular de decidir o seu Presidente, de definir a
sua Constituição e de não aceitar que a violência das armas se imponha sobre as vozes
populares. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 134/09.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu
quero me somar às palavras da Verª Fernanda, e tenho certeza de que também em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores. Apesar de eu ter, primeiro, encaminhado
contrariamente, vou votar a favor deste tema; o outro tema que não tinha esta
profundidade, era o tema da venda da área do DMAE.
Ver. Pujol,
acho que este tema tem a ver - fazendo uma analogia - com o avanço em relação aos
valores de democracia e ética, por exemplo, no caso da violência contra a mulher, sobre
o qual um ditado popular dizia que em briga de marido e mulher, não se mete a
colher. Nós nos metemos, hoje, sim, porque quando há violência contra os direitos
humanos, nós precisamos intervir, Ver. Haroldo, assim como temos de intervir na questão
da criança e do adolescente. Esses são direitos humanos que a humanidade vem zelando, e
construindo mecanismos para tal. Assim, acredito que devemos cuidar da democracia, tão
duramente conquistada pelos povos da América Latina.
Quero aqui
lembrar que Honduras foi o berço da civilização Maia; um país sofrido, miserável, que
foi submetido ao colonialismo por muitos anos, depois ao imperialismo dos Estados Unidos
inclusive, e que, a duras penas, como em todos os outros países da América Latina - com
muitas mortes, com muita repressão, com muito sangue -, conquistou a sua libertação dos
colonizadores, e, depois, os seus regimes democráticos.
Esta
história não pode ser apagada, porque o período de ditadura militar vivido por todos
estes Países como o Chile, como a Argentina, ditaduras duríssimas, como o nosso País,
que ainda não encontrou mais de 120 desaparecidos na ditadura militar, Ver. Dib. Esta
história nos ensinou algo: ensinou que temos que nos unir enquanto povos colonizados, e
nos libertar da cultura colonizada que ainda temos muito introjetada em nós, que ainda
não conseguimos nos libertar da lógica importada das elites, de concentração de renda.
Então, os nossos países
não fizeram a sua reforma agrária; os nossos países continuam segregando índios e
negros.
Não é possível sermos omissos em
relação ao golpe, sim, que aconteceu em Honduras. E o Brasil, nesse sentido, tem uma
política externa muito soberana, muito digna: acolheu o Presidente Zelaya, está
mediando, está procurando diálogo, está procurando restabelecer a democracia em nome
dessa história de luta pela democracia em todos esses países, Ver. João Dib. E não se
trata de entrar na polêmica interna, nas razões, porque não há razão que justifique
um golpe, a retirada de um Presidente num sistema democrático. Porque num sistema
democrático - eu não conheço a Constituição de Honduras -, mas, certamente, tem
previsão de impeachment; certamente tem mecanismos legais, constitucionais e
democráticos para demitir um Presidente; nós mesmos já fizemos isto no Brasil. E nós
não vamos voltar atrás na história. Isso me orgulha muito: a intervenção do
Presidente Lula, na ONU; a nossa intervenção corajosa de recepcionar Zelaya na
Embaixada, não para tomar partido, mas para estar ao lado da democracia, porque se
aproximam as eleições em Honduras, e permite que o povo defina. O Ver. Pujol diria qual
o povo que quer? O da demissão? Não! Tenho certeza de que nenhum povo! Se parar para
dialogar, não vai querer que se rasguem as constituições, porque todos nós
experimentamos períodos de exceção, de ausência de direitos, de repressão, aos quais
nós não queremos voltar.
Então, a posição do Brasil não é por
um lado nem por outro; a posição do Brasil é por democracia. Que o povo retire Zelaya
por meio das urnas; que o povo soberanamente se expresse através do seu contrato social.
Se o contrato não está bem, que ele seja modificado. Então, esta é a nossa posição.
Votar a favor, em solidariedade, não é tomar partido, até porque o Zelaya não é de
esquerda, mas, quiçá, porque ele está dialogando com a Alba e se fortalecendo, como
outros países da América Central e da América do Sul para dialogar com os países
poderosos, talvez isso justifique o golpe.
Então, não é tomar partido, porque ele
não é de esquerda; é tomar partido pela democracia. Esta é a ideia da Moção; é
nesse sentido que nós votamos: em nome da história de luta dos povos da América Latina.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença):
Não havendo mais quem queira encaminhar. Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Haroldo de Souza, o Requerimento nº 134/09, de autoria da Verª Fernanda Melchionna.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) Não tivemos quórum. Seriam necessárias 19
presenças, fica anulada a votação.
Encerrada a Ordem do Dia.
Passo os trabalhos ao Vereador-Presidente
Sebastião Melo.
(O Ver.
Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Srs. Vereadores, nós temos aqui uma combinação de correr algumas Pautas
Extraordinárias, especialmente do projeto Minha Casa, Minha Vida, e, portanto, eu faço
um apelo para que os Vereadores possam fazer, quem sabe, um acordo de correr a Pauta e
depois usarem o Tempo de Liderança, na Sessão Extraordinária.
O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu já fui Prefeito e é normal
que no início do exercício se faça contingenciamento de um ou de dois meses nas
despesas para que se veja como é que vai correr o ano. Mas a Prefeitura de Porto Alegre,
no dia 30 de setembro, tinha um superávit primário de 275 milhões, 132 mil. Com 25
milhões, 132 mil o Prefeito já teria pago todos os direitos até o fim do ano dos
servidores municipais, e não teria editado aquele decreto ilegal que parcelou o reajuste
dos vencimentos dos municipários. Portanto, ele ainda teria 250 milhões de superávit
primário.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, já
está na Internet o relatório final da Comissão do Plano Diretor e que pode ser
examinado por todos os Vereadores, desde que recorram à Internet.
Sr. Presidente, em razão do encerramento
dos trabalhos da Comissão do Pano Diretor, eu preciso fazer uma série de agradecimentos.
Em primeiro lugar, a V. Exª pela atenção sempre dispensada à Comissão e para todas as
nossas necessidades. Quero agradecer ao Fórum de Entidades, à Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, à Pontifícia Universidade Católica, ao Centro Universitário Ritter
dos Reis, e ao Centro Universitário Metodista do IPA. Quero agradecer à nossa Terezinha
Casagrande, à nossa Arquiteta Rosane, à nossa Secretária Liene, ao Arquiteto Ferraro,
ao Jornal do Comércio, que deu cobertura desde o início até o último momento,
agradecimento este que faço na pessoa da jornalista Helen Lopes. Quero fazer um
agradecimento especial ao Ver. Toni Proença, que secretariando, ad hoc, os nossos trabalhos, facilitou, e muito, a
conclusão a que chegamos.
Portanto, no início da semana que vem, na
Ordem do Dia, nós vamos poder votar o Plano Diretor, ainda neste mês, para satisfação
da Cidade e satisfação de todos nós. Agradeço aos 22 Vereadores que, comigo,
compuseram a Comissão Especial, e a todos aqueles que assessoraram os nossos cinco
Relatores. Eu não tenho o nome de todos, mas o meu agradecimento e os agradecimentos da
cidade de Porto Alegre, tenho certeza, porque se procurou fazer o melhor possível no
trabalho que foi realizado. Sou muito grato a todos que, de uma forma ou outra, tornaram
possível o nosso trabalho. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Cumprimentos
pela sua manifestação.
Apregoo o
Requerimento para Custeio de Viagem em Representação ou em Missão Especial do Ver.
Mauro Zacher ao 1º Congresso Mundial de Justiça Restaurativa Juvenil, a realizar-se de
04 a 07 de novembro de 2009, na cidade de Lima, Peru, com diárias e passagens da sua cota
básica mensal.
Apregoo Processo da Mesa Diretora, nº
5.269/09 (PR nº 045/09), que diz respeito aos assessores que assessoram o Plano Diretor,
prorrogação até a votação do Plano.
Suspendo a Sessão, e convido os
Vereadores para que se aproximem da Mesa para combinarmos o prosseguimento dos nossos
trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h23min.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo às 16h28min): Srs.
Vereadores, eu agradeço enormemente pela compreensão e pela colaboração de todos.
Em votação
a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 4229/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/09, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao senhor Moacyr Schukster.
PROC.
Nº 5045/09 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/09, que institui o
Programa Minha Casa, Minha Vida/Porto Alegre, com o objetivo de viabilizar as
construções de habitações populares previstas na Lei Federal nº 11.977, de 7 de julho
de 2009 (Minha Casa, Minha Vida), altera a Lei Complementar nº 548, de 24 de abril de
2006, e revoga a Lei Complementar nº 619, de 10 de junho de 2009.
PROC.
Nº 4271/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 207/09, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que denomina Rua José La Porta o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua Seiscentos, localizado no Bairro Farrapos.
PROC.
Nº 4431/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 218/09, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 que
estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de
Porto Alegre e dá outras providências , passando os cargos de Diretor-Geral,
Diretor de Patrimônio e Finanças e Assessor Parlamentar de Planejamento a constar como
cargos em comissão ou funções gratificadas de Diretor-Geral, Diretor de Patrimônio e
Finanças e Assessor Parlamentar de Planejamento, respectivamente, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 5043/09 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/09, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o inc. X do § 1º do art. 1º, o art. 9º-A e o § 3º do art.
10, caput e inc. II, todos da Resolução nº 1.367, de 2 de janeiro de 1998
que reorganiza os serviços administrativos da Câmara Municipal de Porto Alegre e
dá outras providências , e alterações posteriores, alterando as atribuições da
Assessoria de Relações Institucionais e da Seção de Memorial e Atividades Culturais.
PROC.
Nº 5068/09 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/09 e
da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, que altera a Lei
Complementar nº 628, de 17 de agosto de 2009 que consolida a legislação
municipal que dispõe sobre a defesa dos direitos da criança e do adolescente ,
retira a representação do Legislativo Municipal no Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CMDCA) e na Corregedoria dos Conselhos Tutelares, ajusta os
requisitos para habilitação à função de Conselheiro Tutelar, inclui e ajusta
instrumentos no processo de escolha dos Conselheiros Tutelares, altera o período das
eleições e data de posse dos Conselheiros Tutelares e revoga dispositivos dessa Lei
Complementar. Com Emendas nos 01, 02 e 03.
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 2154/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 092/09, de autoria da
Verª Fernanda Melchionna, que estabelece a instalação, pelo Executivo Municipal, de
estantes de livros públicas nos espaços das paradas de ônibus do Sistema de Transporte
Público de Passageiros do Município de Porto Alegre, na proporção de, no mínimo, 1
(uma) para cada região do Orçamento Participativo. Com
Substitutivo nº 01.
PROC.
Nº 2408/09 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 015/09, de autoria do
Ver. Sebastião Melo e outros, que dispõe sobre a regularização de obras civis não
cadastradas no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
Nº 4181/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/09, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Largo Telmo Thompson Flores o logradouro público
cadastrado conhecido como Largo Viaduto Dom Pedro I, localizado no Bairro Praia de Belas.
PROC.
Nº 4204/09 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 036/09, de autoria do
Ver. João Pancinha, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à entidade O
Pão dos Pobres de Santo Antônio.
PROC.
Nº 4318/09 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/09, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor
Walmor Paulo Sauter.
PROC.
Nº 4319/09 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 039/09, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que concede a Comenda Porto do Sol ao monsenhor Pedro Alfredo Hoff.
PROC.
Nº 4432/09 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/09, de autoria da Mesa
Diretora, que inclui art. 50-D na Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 que
estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de
Porto Alegre e dá outras providências , e alterações posteriores, criando a
Gratificação Especial e dando outras providências, e revoga o art. 50-B dessa Lei e a
Resolução nº 1.814, de 30 de junho de 2004.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
Cumprida a
Pauta.
Visualmente,
não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 16h29min.)
* * * * *